FGTS: possibilidade de aumento na rentabilidade preocupa mercado imobiliário

Uma alteração na rentabilidade do FGTS pode encarecer financiamentos e a casa própria. Confira mais informações!

Por Kelli Kadanus Publicado em 12 jan, 2024

Uma nova ação que vem sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pode alterar a rentabilidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), instituição financeira conhecida por ser uma das principais fontes de recursos para os financiamentos imobiliários no Brasil.

A resolução, que pode terminar em 2025, está gerando muita expectativa e apreensão por parte das construtoras e compradores de imóveis.

Confira mais informações sobre a revisão do FGTS.

A ação solicitada

Confira sobre a revisão na rentabilidade das contas do FGTS (Fonte: Edição/ Diário Oficial Notícias)

Em resumo, de acordo com informações, o STF está avaliando uma ação que pede uma revisão na rentabilidade das contas do FGTS no período de 1999 a 2013. A solicitação é que o índice aplicado seja equivalente ao da poupança, ou seja, que seja mais rentável do que o índice atual praticado no FGTS.

Se for aprovada a solicitação, o mercado imobiliário, especialmente as construtoras, poderão ser negativamente afetados. A justificativa é que, com o aumento da rentabilidade do FGTS, o valor das obras financiadas será maior, tornando o custo das construções mais alto. Assim, a compra de um imóvel poderá ficar mais cara para o consumidor.

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Reação do mercado

Profissionais do mercado, como Cristiano Corrêa, coordenador dos cursos de MBA em negócios no Ibmec SP, fazem alertas. “A Caixa, banco que administra o FGTS, empresta dinheiro para as construtoras. Ela cobra uma taxa mais alta pelo dinheiro emprestado e paga 3% de rentabilidade nas contas.

Desse modo, com o aumento na rentabilidade do FGTS, essa diferença poderá diminuir e o custo será repassado para o valor final dos imóveis”, explica Corrêa.

Futuro incerto para os financiamentos

A defesa dos trabalhadores aposta que o STF considerará as implicações da mudança. Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), afirmou que “Esperamos que os ministros entendam as consequências da mudança. É preciso pensar nas pessoas que terão melhorias de vida impactadas”.

A decisão terá um tremendendo impacto sobre o sonho da casa própria para muitos brasileiros, assim como nas operações de construtoras e no lucro da Caixa Econômica Federal. Além disso, vale lembrar que a melhor decisão sempre é aquela que mantém o equilíbrio e traz benefícios a todas as partes envolvidas.