Dengue no Brasil: mais de 650 mil casos registrados!

Saiba mais sobre a dengue no Brasil: mais de 653 mil casos, distribuídos por gênero, faixa etária e região geográfica. Aprenda sobre os tipos de dengue, imunidade e estratégias de combate.

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Por Paola Patrício Ultima atualização 2 abr, 2024

A dengue no Brasil é uma doença endêmica. Contudo, a cada ano traz desafios significativos para a saúde pública. Com base nos últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a situação atual da dengue no país atualmente é preocupante.

Os casos da doença crescem a cada dia e população fica cada vez mais receosa. A proteção e os cuidados em casa para não deixa foco do mosquito continuam sendo a melhor forme de prevenção. Veja, a seguir, como está a dengue no Brasil

Qual o panorama da doença?

Casos de dengue no Brasil crescem diariamente devido ao grande foco de reprodução do mosquito (Fonte: Reprodução Google)

Os casos de dengue no Brasil atingiram uma marca alarmante, totalizando 653.656 registros, de acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde. Esse número representa uma incidência de 321,9 casos por grupo de 100 mil habitantes. Além disso, foram confirmadas 94 mortes relacionadas à doença, enquanto 438 óbitos estão sob investigação.

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Casos da doença por gênero

Os dados revelam que as mulheres respondem pela maioria dos casos de infecção, representando 55% dos registros, enquanto os homens correspondem a 45%. Quanto à faixa etária mais afetada, os adultos entre 30 e 39 anos lideram os casos, seguidos pelos grupos de 40 a 49 anos e 50 a 59 anos.

Qual o impacto geográfico da dengue no Brasil?

Analisando a distribuição geográfica, observa-se que o Distrito Federal apresenta o maior coeficiente de incidência, com 2.405,6 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais, Acre, Paraná e Goiás. Contudo, Minas Gerais lidera com 192.258 registros, seguido por São Paulo, Distrito Federal, Paraná e Rio de Janeiro.

A análise regional revela que o Centro-Oeste e o Sudeste são as regiões mais afetadas pela dengue. Dentro dessas regiões, o Distrito Federal registra o maior número de casos prováveis, seguido por Goiás em relação ao Centro-Oeste, e Minas Gerais em relação ao Sudeste.

Quanto à faixa etária, embora os adultos jovens entre 20 e 29 anos apresentem a maior incidência, os casos estão distribuídos uniformemente entre as diferentes faixas etárias.

Qual a gravidade e quem é mais vulnerável?

É importante ressaltar que os idosos, especialmente aqueles com 80 anos ou mais, são mais suscetíveis à forma grave da doença. Portanto, medidas de proteção e prevenção direcionadas a esse grupo são fundamentais para reduzir o impacto da dengue.

Tipos de Dengue e Imunidade

A dengue é causada por quatro sorotipos diferentes de vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), todos capazes de provocar diferentes formas da doença. Embora a circulação desses sorotipos varie por região, é preocupante que Minas Gerais tenha registrado a presença simultânea de todos os sorotipos.

É importante destacar que uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes ao longo da vida, uma vez que cada sorotipo confere imunidade específica após a exposição. No entanto, essa imunidade não é abrangente, o que significa que a reinfecção é possível com sorotipos diferentes.

Qual a prevenção e as estratégias de combate da dengue no Brasil?

Diante desse cenário preocupante, é crucial intensificar as estratégias de combate e prevenção da dengue. Ações de controle do vetor, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, são fundamentais para interromper o ciclo de transmissão da doença.

Além disso, a conscientização da população sobre medidas preventivas, como o uso de repelentes, a cobertura adequada de recipientes que armazenam água e a busca por atendimento médico ao surgimento dos primeiros sintomas, são essenciais para conter a propagação da dengue.

A dengue continua a representar um desafio significativo para a saúde pública no Brasil, com um aumento alarmante no número de casos e mortes. Para enfrentar essa situação, é necessário um esforço conjunto entre autoridades de saúde, profissionais médicos e a população em geral, implementando medidas eficazes de combate e prevenção da doença.