VITAMINA D: TODO MUNDO PRECISA? Descubra as DIRETRIZES ATUAIS e RECOMENDAÇÕES!
Sociedade Americana de Endocrinologia lança novas diretrizes para uso de vitamina D
Suplementar vitamina D se tornou algo comum no dia a dia de muitas pessoas. Com o aumento desse hábito sem a orientação de um profissional de saúde, a Sociedade Americana de Endocrinologia, nos Estados Unidos, lançou, em junho de 2023, novas diretrizes para a utilização adequada da substância.
A endocrinologista Marise Lazaretti, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), comentou sobre a importância dessas novas diretrizes. “Muitas pessoas em todo o mundo tomam vitamina D sem controle adequado, sem saber se as doses são benéficas ou prejudiciais. Daí a necessidade dessas novas recomendações”, explica Lazaretti, que participou da elaboração do documento.
Vitamina D: A Nova Abordagem

Desde a última atualização das diretrizes, em 2011, houve uma série de estudos importantes que precisavam ser incorporados. Para isso, foi montado um painel multidisciplinar que analisou 14 questões clínicas relacionadas ao uso da vitamina D. Essas questões abordam desde sua função na regulação de cálcio e fósforo no sangue até seus impactos na saúde muscular e imunológica.
“Essas novas diretrizes têm um papel crucial em evitar suplementação desnecessária e em reconhecer equilibradamente os riscos e benefícios”, opina o endocrinologista Carlos Andre Minanni, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Elas ajudam a evitar desperdícios e reduzir exames desnecessários, contribuindo significativamente para a saúde pública”, acrescenta.
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Quem Deveria Suplementar Vitamina D?
As novas diretrizes foram criadas para avaliar a eficácia da suplementação de vitamina D na prevenção de doenças, e agora são mais inclusivas, abrangendo a população em geral. Anteriormente, as recomendações eram mais focadas em pessoas com doenças crônicas como osteoporose e câncer.
A endocrinologista Lazaretti destaca: “O grande foco agora é identificar os grupos de risco que precisam de suplementação sem a necessidade de exames prévios. Isso facilita o acesso para quem realmente precisa.” De acordo com o novo documento, os grupos que devem receber suplementação são:
- Crianças e adolescentes de 1 a 18 anos: Reduz risco de raquitismo e infecções respiratórias agudas.
- Idosos com mais de 75 anos: Minimiza risco de mortalidade.
- Gestantes: Protege contra pré-eclâmpsia, parto prematuro e baixo peso ao nascer.
- Pessoas com pré-diabetes: Diminui a probabilidade de diabetes.
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Qual é a Quantidade Ideal de Vitamina D?
Para a maioria dos adultos com menos de 75 anos e sem doenças preexistentes, as diretrizes desaconselham a dosagem rotineira e a suplementação além da ingestão diária recomendada. Carlos Minanni comenta que, no Brasil, temos características únicas devido à exposição à luz solar, que ativa a síntese de vitamina D no organismo.
No Brasil, as recomendações também levam em consideração fatores como exposição ao sol e peculiaridades regionais. Quem corre maior risco de deficiência são as mulheres, os obesos, pessoas com pele mais escura, idosos e moradores de regiões sulistas.
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Por que Evitar Excesso de Vitamina D?
Embora a suplementação seja recomendada para determinados grupos sem necessidade de exames prévios, é fundamental não exagerar nas doses. A quantidade média recomendada varia entre 600 a 800 unidades diárias, dependendo da necessidade de reforço. Doses muito elevadas por períodos prolongados podem causar efeitos adversos.
O médico do Hospital Israelita Albert Einstein adverte que altas doses prolongadas podem provocar hipercalcemia, náuseas, vômitos, fraqueza, anorexia, desidratação e até insuficiência renal. Em casos mais graves, podem ocorrer problemas neuropsiquiátricos, como confusão mental, psicose ou coma, além de condições como pancreatite e arritmias.
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A orientação final dos especialistas é clara: evite suplementar vitamina D sem consultar um profissional de saúde. Dessa forma, você garante que esteja tomando a quantidade adequada para suas necessidades específicas, evitando os riscos associados ao excesso.
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