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Urgente: Furacões poderão impactar o clima no Brasil- Confira

O impacto do aquecimento do Oceano Atlântico no clima mundial, incluindo o aumento de furacões e a seca extrema no Pantanal.

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Recentemente, imagens de satélite capturaram a magnitude do furacão Beryl, um fenômeno de categoria 5 que devastou o Caribe no início deste mês. Este evento dramático é apenas um dos muitos que cientistas atribuem ao aquecimento do Oceano Atlântico. Este aquecimento, combinado com o início da La Niña, promete transformar não só o clima regional, mas também ter impactos severos a nível global.

Os especialistas alertam para uma piora significativa no clima, com o Atlântico mais quente servindo como um catalisador para eventos climáticos mais extremos, incluindo furacões poderosos e secas prolongadas em regiões como Mato Grosso do Sul, no Brasil. O cenário que se desenha é complexo e carregado de incertezas, mas unanimemente preocupante.

Como o Aquecimento do Atlântico Intensifica os Furacões?

Furacão no Brasil
Furacão no Brasil (Fonte: O Globo)

A Dupla Ameaça: Aquecimento do Atlântico e La Niña

Historicamente, o fenômeno climático conhecido como La Niña contribui para o resfriamento do Oceano Pacífico, o que paradoxalmente intensifica a atividade dos furacões no Atlântico Norte. Este efeito é amplificado quando combinado com o aquecimento extraordinário do Atlântico, como observado recentemente. Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operações do Cemaden, explica que esse aquecimento favorece a evaporação, resultando em chuvas mais intensas no extremo norte da América do Sul, enquanto outras regiões sofrem com a falta de umidade.

O Impacto do Fenômeno no Brasil: Seca Extrema no Pantanal

Enquanto o Norte experimenta um aumento nas precipitações, o Brasil enfrenta uma realidade bem diferente. O Pantanal, conhecido por ser uma das maiores extensões úmidas do planeta, agora enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos. Essa seca severa é uma resposta direta ao bloqueio de umidade causado pelos ventos intensos na parte inferior do planeta, um efeito colateral do aquecimento do Atlântico. Regina Rodrigues, professora de Oceanografia e clima da UFSC, aponta que a situação é uma “receita do Diabo” para desastres naturais, que inclui o desenvolvimento de furacões de categoria máxima.

Qual Será o Futuro Climático para o Mato Grosso do Sul?

  • Previsão Incerta da Estação Chuvosa: Os especialistas estão reticentes em fazer previsões otimistas para a próxima estação chuvosa, que normalmente começaria em novembro. Há uma probabilidade alta de que a seca se estenda, complicando ainda mais a situação crítica do Rio Paraguai e os níveis de água em toda a região.
  • Agravamento dos Incêndios: Com a extensão da estação seca, os incêndios, já frequentes, podem se tornar ainda mais intensos e destrutivos.
  • Acesso a Informações: Os residentes do estado e interessados são encorajados a seguir as atualizações através das redes sociais e canais de notícias para estarem preparados para as mudanças climáticas iminentes.

O panorama revelado pelos especialistas é sombrio, mas o conhecimento e preparo podem ajudar a mitigar os piores efeitos destes fenômenos naturais potentemente devastadores. A cooperação internacional e o comprometimento com políticas ambientais sólidas serão cruciais para enfrentar esses desafios climáticos emergentes.