SAQUE ANTECIPADO DO FGTS! Entenda Como Funciona e Quais os Riscos – Descubra se Vale a Pena!

Veja se essa opção é adequada para você.

Por Ana Carolina Monteiro Publicado em 7 set, 2024

O FGTS antecipado é uma possibilidade que permite ao trabalhador acesso a recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) antes do tempo previsto. Esse tipo de operação é exclusiva para quem opta pelo saque-aniversário, uma modalidade específica dentro do sistema do FGTS. Muitos trabalhadores veem essa opção como uma oportunidade de sanar dívidas e resolver problemas financeiros urgentes. No entanto, é fundamental entender como o processo funciona e os riscos envolvidos nessa escolha. Continue a leitura e saiba mais.

Como funciona o saque-aniversário antecipado?

mulher com a mão sobre o queixo e ares de quem está com alguma dúvida — Confira tudo sobre a antecipação do saque-aniversário do FGTS. (Fonte: Reprodução Freepik)

O processo de antecipação do saque-aniversário do FGTS é relativamente simples, mas exige atenção aos detalhes. O trabalhador que já aderiu ao saque-aniversário pode solicitar a antecipação, recebendo de uma só vez o valor que seria distribuído anualmente ao longo de vários anos.

Essa antecipação pode ser de três a doze anos, dependendo do acordo feito com o banco, mas é necessário lembrar que essa antecipação é como um empréstimo, onde o valor antecipado sofre a aplicação de juros, reduzindo a quantia final recebida.

Para solicitar essa antecipação, o trabalhador precisa autorizar o banco a consultar o saldo de sua conta do FGTS.

Após a consulta, a instituição financeira simula o valor que o trabalhador pode antecipar. A autorização para consulta é feita no aplicativo do FGTS, onde o trabalhador precisa permitir que o banco acesse seus dados e calcule o valor antecipado.

Em seguida, a contratação do empréstimo ocorre diretamente com o banco, seja pelo aplicativo da instituição financeira ou em uma conversa presencial com o gerente.

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Quanto é possível antecipar?

O valor que o trabalhador pode antecipar depende de dois fatores principais: o saldo atual da conta do FGTS e o banco escolhido para realizar a operação. Bancos diferentes oferecem condições distintas, e enquanto algumas instituições permitem a antecipação de até doze anos, outras podem ter limites menores. O cálculo do valor disponível para antecipação segue uma tabela que leva em conta o saldo da conta e aplica uma alíquota específica.

A tabela usada pelos bancos para determinar o valor do saque-aniversário antecipado é a seguinte:

Até R$ 500,00: 50,0% do saldo
De R$ 500,01 até R$ 1.000,00: 40,0% + parcela adicional de R$ 50,00
De R$ 1.000,01 até R$ 5.000,00: 30,0% + parcela adicional de R$ 150,00
De R$ 5.000,01 até R$ 10.000,00: 20,0% + parcela adicional de R$ 650,00
De R$ 10.000,01 até R$ 15.000,00: 15,0% + parcela adicional de R$ 1.150,00
De R$ 15.000,01 até R$ 20.000,00: 10,0% + parcela adicional de R$ 1.900,00
Acima de R$ 20.000,01: 5,0% + parcela adicional de R$ 2.900,00

Com base nessa tabela, o banco calcula o valor que pode ser antecipado. É importante ter em mente que, quanto maior o número de anos antecipados, maior será o custo em juros, o que reduz o valor efetivamente recebido pelo trabalhador.

Riscos e considerações importantes

Embora a antecipação do FGTS possa ser uma solução rápida para resolver problemas financeiros, é necessário estar ciente dos riscos envolvidos. Uma das principais desvantagens é que o saldo do FGTS fica bloqueado até que o empréstimo seja totalmente quitado. Isso significa que, durante o período de pagamento, o trabalhador terá menos recursos disponíveis em sua conta do Fundo de Garantia, o que pode limitar outras opções financeiras no futuro.

Outro risco é a perda do direito ao saque-rescisão em caso de demissão sem justa causa. Ao optar pelo saque-aniversário, o trabalhador renuncia ao direito de sacar o saldo total do FGTS em caso de desligamento. Essa renúncia pode ser prejudicial, especialmente se a pessoa for demitida antes de quitar o empréstimo, pois ela não terá acesso ao valor integral que poderia ser utilizado para se reestruturar financeiramente durante o período de desemprego.

Portanto, é essencial avaliar cuidadosamente se essa opção é a mais adequada para a situação financeira específica de cada trabalhador.

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