Saiba mais a respeito do medicamento que vai revolucionar o futuro do tratamento do Alzheimer – Leia mais

O cenário do tratamento do Alzheimer mudou drasticamente com a chegada do lecanemab, mas há muito a considerar

Por Cristiane Campari Ultima atualização 23 jun, 2024

Recentemente, o cenário do tratamento do Alzheimer viveu mudanças significativas com a introdução do lecanemab, um medicamento que visa atacar diretamente uma das causas da doença. A aprovação desta medicação pela FDA em julho de 2023 simboliza uma nova esperança para pacientes e profissionais de saúde, apesar dos riscos associados e da eficácia moderada que caracterizam este tratamento.

Com a chegada do lecanemab, aumentam as opções para retardar o avanço do Alzheimer, uma condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Contudo, o tratamento ainda é limitado a um grupo específico de pacientes e envolve um processo criterioso de seleção, além de custos e riscos consideráveis.

Como Funciona o Lecanemab para Tratar o Alzheimer?

A revolução no tratamento do Alzheimer ( Reprodução NYN)

O Lecanemab opera através da remoção das placas de amiloide presentes no cérebro dos pacientes, que são indicadores chave da doença de Alzheimer. Para serem elegíveis ao tratamento, os pacientes devem passar por um rigoroso diagnóstico que inclui tomografias e outras investigações para confirmar a presença de tais placas.

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Quem Pode Beneficiar-se do Tratamento com Lecanemab?

Existem critérios estritos para determinar quais pacientes com Alzheimer podem receber Lecanemab. Primeiramente, o paciente precisa estar nas primeiras fases da doença, seja com comprometimento cognitivo leve ou demência leve. Além disso, após as avaliações iniciais que confirmam a presença de placas de amiloide, testes genéticos são necessários para analisar o risco de efeitos colaterais, especialmente em indivíduos com a variante genética APOE4.

Quais são as Implicações Logísticas e Financeiras do Tratamento?

O tratamento com Lecanemab não é apenas um desafio médico, mas também logístico e financeiro para os pacientes. Requer infusões quinzenais e exames regulares de ressonância magnética, o que pode acumular custos significativos. Apesar de parte do tratamento ser coberta pelo sistema de saúde, os custos restantes ainda representam uma barreira para muitas famílias.

Do ponto de vista prático, o tratamento também exige uma logística complexa que pode incluir viagens frequentes ao centro médico, o que adiciona mais uma camada de dificuldade para os pacientes e suas famílias.

Considerações sobre os Efeitos Colaterais

Uma das maiores preocupações com o uso de Lecanemab são os efeitos colaterais, especialmente o risco de ARIA (anormalidades de imagem relacionadas ao amiloide), que pode causar inchaço ou sangramento no cérebro. Apesar destes riscos, a experiência dos centros médicos indica que tais problemas têm sido menos graves e mais gerenciáveis do que o previsto inicialmente.

Triagem Rígida: Exames complexos e testes genéticos.

Limitações geográficas e de saúde: Alguns pacientes podem ser excluídos baseando-se em sua localização ou condição de saúde geral.

Gestão de riscos: Análise detalhada dos benefícios versus riscos potenciais.

Em resumo, o Lecanemab representa um avanço importante na luta contra o Alzheimer, apesar de seus desafios e a abordagem cuidadosa necessária em sua administração. Continuamos esperançosos, monitorando os resultados e ajustando as estratégias conforme necessário para garantir o máximo benefício aos pacientes.