Revolução econômica: Nova política de inflação no Brasil – Leia mais

A nova política de inflação do Brasil é uma revolução! Prepare-se para mudanças drásticas: a meta de inflação será contínua e dinâmica.

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Por Cristiane Campari Ultima atualização 26 jun, 2024

No último comunicado veiculado pelo Diário Oficial da União, uma significativa mudança no controle da inflação foi estabelecida. A partir de 2025, o Banco Central do Brasil adotará uma nova metodologia para perseguir as metas de inflação, proposta essa que rompe com o modelo “ano-calendário” e busca maior consistência e flexibilidade na política monetária.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o decreto que altera formalmente a estrutura das metas de inflação, uma movimentação já proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que agora passa a vigorar com novos parâmetros e objetivos marcados para o futuro econômico do país.

O que significa a mudança no sistema de metas de inflação?

Nova política de inflação pode influenciar o futuro económico do país (Reprodução Google)

Seguindo a nova regulamentação, a inflação passará a ser avaliada de maneira contínua, baseando-se na variação de preços dos últimos 12 meses em qualquer período avaliado. Isso difere significativamente do sistema anterior, onde a meta era verificada ao final de cada ano, engessando a política monetária às variações sazonais e a períodos específicos.

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Como funciona o novo sistema de metas?

De acordo com o decreto recém-publicado, se a inflação ultrapassar o intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta será considerada descumprida. Esse sistema procura trazer maior dinamismo e responsividade às oscilações econômicas inesperadas, possibilitando ajustes mais ágeis nas políticas do Banco Central.

Impactos a longo prazo

Flexibilidade maior: Com a meta de inflação sendo perseguida de forma contínua, o Banco Central pode ajustar sua política monetária de maneira mais eficaz, sem estar restrito às limitações do ano-calendário.

Transparência e previsibilidade: Ao estabelecer que o Banco Central divulgue as razões de descumprimento da meta em uma carta aberta, aumenta-se a transparência perante a sociedade e o mercado financeiro.

Adaptação da meta e intervalo de tolerância: A possibilidade de revisão da meta e do intervalo de tolerância pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com antecedência de três anos, oferece adaptabilidade frente às mudanças macroeconômicas globais e locais.

Essa reestruturação sinaliza uma modernização no tratamento da política de inflação, essencial para que o país possa lidar com os desafios econômicos contemporâneos de maneira eficaz. Ao considerar a inflação de forma contínua, o governo demonstra um compromisso com uma gestão econômica flexible e responsiva, critica para a estabilidade de longo prazo da economia brasileira.

Expectativas para o futuro

A nova sistemática equipará melhor o Banco Central para enfrentar variações econômicas abruptas e imprevistas, adaptando-se às necessidades do mercado e à realidade econômica do país. Este novo modelo não só fortalece a política monetária como também garante maior confiança e estabilidade, pontos cruciais para atração de investimentos e crescimento sustentável.

Resta agora acompanhar a implementação e os primeiros resultados dessa alteração estratégica no controle da inflação, que promete jogar um novo jogo no campo econômico, trazendo mais previsibilidade e adaptabilidade nas mãos dos gestores do Banco Central do Brasil.