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Revisão da Vida Toda do INSS: STF Rejeita Devolução de Valores e Mantém Benefícios

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O Supremo Tribunal Federal (STF) continua a julgar a Revisão da Vida Toda do INSS, tese que permitia a aposentados recalcularem seus benefícios considerando salários antigos, anteriores a julho de 1994. No entanto, três ministros já votaram contra essa possibilidade, enfraquecendo as chances de que a tese seja mantida. Ao mesmo tempo, o STF indicou que os segurados que já conquistaram aumentos na Justiça não precisarão devolver valores recebidos. Essa decisão impacta diretamente aposentados que aguardam um posicionamento final sobre o tema.

STF Contra a Revisão da Vida Toda do INSS

Na mais recente votação, três ministros do STF se posicionaram contra a Revisão da Vida Toda:

  • Cristiano Zanin
  • Kassio Nunes Marques (relator do caso)
  • Alexandre de Moraes

Esses ministros também reforçaram que não haverá devolução dos valores recebidos por aposentados que ganharam ações na Justiça. Outros ministros, como Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli, já haviam indicado anteriormente que seguem essa mesma linha de raciocínio, mas ainda não registraram seus votos.

A votação ocorre no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2.111, que discute a base jurídica da Revisão da Vida Toda e sua relação com a reforma da Previdência do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).

O Que É a Revisão da Vida Toda do INSS?

A Revisão da Vida Toda era um mecanismo judicial que permitia a aposentados recalcularem seus benefícios considerando todas as contribuições feitas ao INSS ao longo da vida laboral, inclusive as anteriores a julho de 1994.

A tese foi aceita pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo próprio STF, mas posteriormente derrubada, tornando-se alvo de novo julgamento para definir a modulação dos efeitos e a situação dos aposentados que já haviam obtido o aumento.

Por Que Essa Revisão Era Importante?

  • Beneficiava segurados que tinham salários mais altos antes de 1994.
  • Permitiria um aumento no valor da aposentadoria para muitos contribuintes.
  • Corrigia desigualdades entre segurados antes e depois da reforma previdenciária de 1999.

Agora, com o STF rejeitando a tese, esses benefícios deixam de existir para novas solicitações.

Como Era o Cálculo Antes e Depois das Reformas da Previdência?

A forma de calcular a aposentadoria passou por diferentes mudanças ao longo dos anos.

Antes da Reforma de 1999 (Governo FHC):

  • A média salarial era calculada com 80% dos maiores salários ao longo de toda a vida laboral.

Após a Reforma de 1999:

  • Para quem já contribuía antes da reforma: cálculo baseado apenas nos salários a partir de julho de 1994.
  • Para novos segurados após a reforma: média de 80% dos maiores salários ao longo da vida laboral.

Após a Reforma de 2019:

  • O cálculo passou a considerar todas as contribuições desde julho de 1994, sem excluir os 20% menores salários.
  • Isso prejudicou quem teve períodos de remuneração mais baixa ao longo da carreira.

A Revisão da Vida Toda surgiu justamente para permitir que segurados escolhessem a regra mais vantajosa.

O Que Pode Acontecer Agora?

Com a maioria do STF se posicionando contra a tese, o julgamento pode seguir alguns caminhos:

  1. Confirmação da decisão: o STF pode concluir a votação e consolidar a proibição da Revisão da Vida Toda.
  2. Pedido de vista ou destaque: algum ministro pode pedir mais tempo para análise, adiando o desfecho.
  3. Possível modulação dos efeitos: o tribunal pode definir se os segurados que já tiveram a revisão aprovada continuarão recebendo os valores ou se alguma compensação será necessária.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já declarou que não se manifestará antes da decisão final do STF e da análise da Procuradoria Federal Especializada (PFE).

O Que Fazer Agora?

Diante da posição do STF, aposentados e pensionistas que esperavam pela Revisão da Vida Toda precisam avaliar outras estratégias para melhorar seus benefícios. Algumas alternativas incluem:

  • Aposentadoria proporcional: revisar o tempo de contribuição e verificar se há direito a outras regras de transição.
  • Averbação de tempo de serviço: regularizar períodos trabalhados e não computados pelo INSS.
  • Planejamento previdenciário: buscar orientação especializada para avaliar o melhor momento e estratégia de aposentadoria.

Conclusão

A decisão do STF encerra a possibilidade da Revisão da Vida Toda para novos aposentados, mas garante que quem já recebeu valores não precisará devolvê-los.

Para segurados do INSS, a alternativa agora é buscar um planejamento previdenciário adequado para garantir a melhor aposentadoria possível dentro das regras vigentes.

Veja também: IDOSOS NÃO PRECISAM PAGAR ESSAS CONTAS

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