Presidente do BC diz que PIX corre risco por conta de falta de investimento na Autarquia- Entenda

Veja: diretor do banco central alerta sobre PIX talvez ser suspenso!

Por Matheus Publicado em 24 abr, 2024

Durante um evento realizado em São Paulo na última segunda-feira (22), Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), expressou preocupações significativas relacionadas à redução no orçamento da autarquia.

Suas preocupações se direcionaram aos impactos potenciais dessa diminuição nas operações críticas, como o sistema de pagamentos instantâneos, o Pix. Entenda melhor o que pode acontecer a seguir!

Desafios Decorrentes de Paralisações e a Agenda Digital

Presidente do BC diz que PIX corre risco por conta de falta de investimento na Autarquia- Entenda (Fonte: Edição / Diário Oficial Notícias).

Segundo o presidente no evento em São Paulo: “Neste ano, nosso orçamento de investimentos foi reduzido para R$ 15 milhões, o que representa apenas um quinto do valor disponibilizado cinco anos atrás. Estamos diante do risco de nos perguntarmos como vamos conseguir manter o funcionamento eficiente do Pix?”, questionou Campos Neto.

O presidente do BC também destacou que as recentes paralisações dos funcionários, motivadas por demandas de ajustes salariais e aumento do quadro de pessoal, estão comprometendo o avanço da agenda digital da instituição.

Essa agenda inclui não apenas aprimoramentos no sistema do Pix, mas também o desenvolvimento do Drex, uma moeda digital ainda em fase de testes.

Argumentos a Favor da Autonomia Fiscal e Orçamentária

Campos Neto apresentou argumentos em favor da PEC 65, uma proposta de emenda à Constituição que visa conceder ao Banco Central autonomia fiscal e orçamentária como uma empresa pública.

Ele acredita que essa mudança facilitaria significativamente a capacidade do BC de estabelecer contratos com empresas privadas para uma gestão mais eficaz e moderna.

“No desenvolvimento do Drex, por exemplo, contamos com a colaboração de várias empresas, incluindo a Microsoft e a Parfin. No entanto, enfrentamos grandes dificuldades para formalizar contratos, dado que a estrutura atual da administração pública não está preparada para esse tipo de acordo que nossa gestão moderna necessita”, explicou o presidente do Banco Central.

Campos Neto Aborda Apoio do Governo à PEC

Durante uma recente entrevista, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, foi questionado sobre o apoio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca ampliar a autonomia do Banco Central. Em resposta, ele destacou que ainda há pontos a serem esclarecidos.

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“O ministro [Fernando Haddad] tem mencionado que não se opõe à ideia, mas enfatiza a necessidade de esclarecimentos adicionais. No âmbito legislativo, especialmente no Senado, percebo uma boa vontade para aprovar a medida”, comentou Campos Neto.

Expectativas para a Transição de Comando no Banco Central

Sobre a iminente transição na liderança do Banco Central ao final do ano, Campos Neto expressou confiança em um processo “suave” e “construtivo”.

Ele também manifestou esperança de que a agenda de digitalização da autarquia seja mantida por seu sucessor.

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“O Banco Central dispõe de todos os recursos necessários para garantir a continuidade das políticas atuais. Nossos técnicos são altamente competentes, e qualquer novo dirigente perceberá rapidamente que nossas ações são baseadas em práticas bem estabelecidas e que os aspectos técnicos são predominantes”, afirmou.

Reflexões Pessoais de Campos Neto sobre sua Liderança

Questionado sobre suas primeiras impressões ao assumir o comando do Banco Central, Campos Neto revelou ter enfrentado dúvidas sobre sua própria capacidade para o cargo.

“Eu tinha um grande temor de não estar preparado para aquilo. Quando sentei na cadeira pela primeira vez, a primeira coisa que pensei foi ‘por que estou aqui?’, ‘será que tenho capacidade de estar aqui?’ Com o tempo, porém, fui aprendendo e contando com o apoio de profissionais excelentes no BC que me ajudaram enormemente. Fizemos o Pix no meio da pandemia, com as equipes trabalhando intensamente até de madrugada, e isso foi uma experiência de aprendizado significativa”, compartilhou o presidente do BC.