Passageiros e Ex-Empregados da Voepass Denunciam Aviões “Caindo Aos Pedaços” – Veja as Reclamações!
Ex-funcionários relataram irregularidades e a companhia enfrenta pressão para esclarecer os acontecimentos.
O recente acidente envolvendo um avião da Voepass, na última sexta-feira (9) em Vinhedo, São Paulo, resultou na morte de 62 pessoas e trouxe à tona uma série de reclamações e denúncias sobre a companhia aérea. Desde então, usuários e ex-funcionários têm revelado nas redes sociais e em plataformas de reclamação seus relatos preocupantes sobre possíveis falhas na manutenção e operação das aeronaves da empresa.
No entanto, até o momento, não foi oficialmente relatada ou confirmada nenhuma negligência grave em relação aos veículos da Voepass. A companhia, que já está no radar devido a diversas críticas, enfrenta ainda mais pressão para esclarecer os acontecimentos e revisar suas práticas de segurança.
O que dizem as reclamações sobre a Voepass?
Diversos usuários, incluindo figuras públicas como a jornalista Daniela Arbex e o cantor MC Hariel, expressaram nas redes sociais suas insatisfações com a Voepass. Eles mencionaram a falta de estrutura e os problemas frequentes em voos da companhia. As queixas, porém, não são recentes.
Dados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) revelam que a Voepass acumula 150 processos desde 2021, a maioria relacionada a danos morais por atrasos, cancelamentos e má prestação de serviços. No site Reclame Aqui, especializado em reclamações de consumidores, a situação também é preocupante.
Nos últimos seis meses, foram registradas 500 ocorrências envolvendo a empresa, com um índice de resposta alarmantemente baixo, de apenas 9,2%. A Voepass é classificada como “não recomendada” na plataforma.
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Quais são as denúncias dos ex-funcionários da Voepass?
Em entrevistas à imprensa, ex-funcionários da Voepass, anteriormente conhecida como Passaredo, denunciaram uma série de irregularidades. Um dos relatos mais chocantes veio do comandante Ruy Guardiola, que trabalhou na empresa em 2019.
Guardiola revelou no programa “Fantástico”, da TV Globo, que presenciou a utilização de um palito de fósforo para reparar um botão do sistema antigelo de uma aeronave, uma solução improvisada e perigosa. Ele também ressaltou que a aeronave envolvida no acidente havia sofrido danos estruturais significativos, ficando fora de operação por quatro meses.
Outro ex-funcionário, que preferiu não se identificar, denunciou que a empresa muitas vezes priorizava o lucro em detrimento da segurança. Ele citou uma aeronave da frota conhecida como “Maria da Fé”, que supostamente voava apenas “pela fé” devido ao seu estado precário.
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Como estão sendo conduzidas as investigações?
As causas do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil, Polícia Federal e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). As caixas-pretas da aeronave já foram recuperadas e enviadas para análise em Brasília.
Até o momento, 17 das 62 vítimas foram identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, que continua trabalhando para identificar os demais corpos e oferecer suporte às famílias das vítimas. O resultado das investigações será crucial para entender o que levou à queda do avião.
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Qual é a resposta da Voepass?
Em resposta às denúncias e ao acidente, a Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, afirmou que todas as informações relevantes estão sendo tratadas pelas autoridades competentes. A empresa assegurou que o ATR acidentado estava “aeronavegável” e em conformidade com as exigências regulatórias.
A Voepass também afirmou que cumpre todas as legislações trabalhistas e que está focada em prestar apoio às famílias dos passageiros e tripulantes vitimados no acidente. A companhia evitou comentar sobre as falhas reportadas anteriormente.
Expectativas para o futuro da Voepass
O acidente expôs possíveis falhas na manutenção e operação das aeronaves da Voepass, levantando questões sobre a supervisão e regulação das companhias aéreas de menor porte no Brasil. As denúncias de ex-funcionários e as reclamações de usuários sugerem um padrão de negligência que, se confirmado, pode ter contribuído para essa tragédia.
As investigações em curso deverão trazer à tona detalhes técnicos e operacionais que cercam o acidente. As autoridades precisam agir com rigor para garantir que situações como essa não se repitam. A segurança aérea é uma prioridade que não pode ser comprometida, e a sociedade aguarda respostas claras e ações efetivas para prevenir novas tragédias nos céus brasileiros.
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