O aquecimento global e o descaso estão impulsionando a propagação da dengue no Brasil!
Veja como está a situação da dengue no Brasil e como se proteger.
Os casos de dengue no Brasil aumentam a cada dia. Resistindo às dores no quadril e coceira pelo corpo, o aposentado Aramis de Lima, de 62 anos, assiste com alívio a um batalhão de funcionários da limpeza pública retirarem cerca de duas toneladas de lixo e entulho do terreno vizinho a sua casa. Contudo, ele acredita que, se tivessem vindo duas semanas antes, já em meio à rápida expansão da dengue, teria escapado de sua primeira contaminação pela doença.
Assim como ele, outros milhares de brasileiros sofrem com entulhos e outros focos de dengue ao redor de sua residência. Afinal, além da água parada, outros focos do mosquito existem pelas ruas do país. Veja, a seguir, qual a situação da dengue no Brasil e os seus impactos. Boa leitura!
Qual o impacto da dengue no Brasil?

Segundo Aramis, 90% dos moradores de sua rua pegou a dengue devido ao lixo que estava acumulado. Além disso, suas netas tiveram sintomas que provavelmente foram de dengue. Ele tem histórico de amputação, dores em decorrência disso, portanto, juntou com a doença e resultou em dores muito fortes, espasmos musculares.
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Como sequela temporária, comum para a doença, ficaram as coceiras pelo corpo. Pelas ruas da Vila Jaguara, na zona oeste de São Paulo, não faltam áreas e terrenos que sejam alvos da indignação de Lima e seus vizinhos.
Quais os desafios da limpeza e preservação?
Numa área de pouco mais de dois quilômetros quadrados, equipes de saúde mapearam ao menos seis ferro-velhos, focos de acúmulo de lixo e entulho perfeitos para a procriação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya. Paralelamente, 7.369 imóveis receberam intervenções com inseticida ou assistência social para evitar os focos do mosquito entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano.
Os esforços, porém, não tiveram sucesso e não impediram a Vila Jaguara de deter o título de epicentro da dengue no município de São Paulo. Por lá, a taxa de contaminação é 28 vezes maior que a média paulistana. No Brasil, perde apenas para o Distrito Federal, onde cerca de 2,5% da população contraiu o vírus da dengue nos últimos meses.
Os fenômenos climáticos e proliferação da dengue no Brasil
Em condições normais de temperatura e chuva, o ciclo de vida do Aedes aegypti, da colocação dos ovos até a formação do mosquito, é de sete a dez dias. Contudo, se a condição for de muito calor intenso, esse período pode baixar para até quatro dias, dobrando assim o número de mosquitos em relação ao ciclo normal.
Isso é algo que vem ocorrendo em boa parte do país desde pelo menos setembro do ano passado, muito por conta do El Niño. Especialistas alertam que os fenômenos climáticos extremos de 2023 são fruto direto do aquecimento global provocado pela ação humana.
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A atual epidemia de dengue no Brasil ilustra é a extensão dos impactos que as mudanças climáticas gerarão sobre as populações humanas. Quanto maior for o aquecimento do planeta, mais o mosquito vai conseguir se reproduzir. Afinal, é por isso que ele já está chegando a lugares onde há muito tempo não estava, como Estados Unidos e Argentina.
Quais os desafios da saúde pública?
Com o calor dos últimos meses, os brasileiros vêm sentindo na própria saúde essa explosão da proliferação dos mosquitos. Afinal, em todo o país, o número de casos confirmados ou sob suspeita de dengue já passa de 653 mil — ou um infectado a cada 347 mil brasileiros. No mesmo período de 2023, o número de casos não chegava a 130 mil.
Trata-se de um aumento de 294% de um ano para o outro, que já provocou 113 mortes, enquanto 438 estão sendo investigadas. Segundo o Ministério da Saúde, o avanço da dengue nunca foi tão rápido no Brasil, e o país pode chegar a 4,2 milhões de casos até o fim do ano. A taxa de letalidade da população na totalidade varia de 3 a 7 por mil, portanto, 0,3% a 0,7%.
Acesso da vacina da dengue
De todas as unidades da federação, o Distrito Federal apresenta o cenário mais complicado. Até 10 de fevereiro, data do último boletim epidemiológico, haviam sido registrados 23 óbitos pela doença em meio ao surto, que do ano passado para este explodiu em mais de 1.000%, atingindo quase todas as regiões com gravidade. Na capital do país, quase metade das mortes por dengue é de pessoas com mais de 60 anos.
Apesar da estimativa de que 70% da população da Vila Jaguara, em São Paulo, esteja nesse grupo, nenhuma morte foi registrada por dengue neste ano no bairro. O que não impede, entretanto, que moradores mais velhos temam a doença. Por conta de limitações na produção da farmacêutica japonesa Takeda Pharma, o Ministério da Saúde adquiriu para este ano o suficiente para imunizar 2,5 milhões de pessoas com a vacina da dengue.
Por conta disso, apenas 10% de todos os municípios do país serão contemplados este ano, 11 deles em São Paulo. A vacinação começou no dia 20 de fevereiro, com crianças entre 10 e 11 anos na região do Alto Tietê.
A partir de 2025, entrará em campo ainda a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, que ao contrário da japonesa, exige aplicação única.
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