INSS CORTA aposentadorias de idosos? ENTENDA a VERDADE
Inúmeros aposentados do INSS foram pegos de surpresas com várias notícias a respeito de possíveis cortes dos quais o INSS estaria planejando fazer. Mas será que é verdade mesmo? Entenda logo abaixo os detalhes desses casos e se realmente há motivos para preocupações com o corte de seus benefícios.
Revisão de Benefícios do INSS
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um direito garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e assegura o pagamento de um salário mínimo mensal a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência de qualquer idade que comprovem baixa renda. Diferente da aposentadoria, o BPC não exige contribuição previdenciária anterior.
Para 2024, o governo federal programou a realização de 800 mil perícias médicas e convocações para atualização cadastral com o objetivo de revisar os benefícios assistenciais pagos atualmente. Segundo o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, o objetivo da revisão não é cortar benefícios de forma indiscriminada, mas sim identificar eventuais irregularidades e atualizar o Cadastro Único (CadÚnico).
Contudo, é importante esclarecer que o BPC não é aposentadoria. Apesar de muitas pessoas confundirem, o BPC é um benefício de caráter assistencial, pago para idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência que possuem baixa renda.
Como as Fake News se Espalham?
Nos últimos anos, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem enfrentado uma onda crescente de desinformação, que ameaça a estabilidade das instituições públicas e a tranquilidade de milhões de brasileiros. Um exemplo recente ilustra bem essa situação: um vídeo no TikTok afirmava, falsamente, que o governo federal cortaria automaticamente a aposentadoria de 800 mil idosos, sem direito a recurso. Essa notícia gerou pânico e insegurança entre os beneficiários, obrigando o INSS a emitir uma nota oficial desmentindo a informação.
As redes sociais, como TikTok e WhatsApp, são os principais meios de disseminação de boatos. O formato de vídeo curto, aliado a uma linguagem sensacionalista, facilita a viralização. A falta de checagem e o compartilhamento automático entre contatos impulsionam ainda mais a desinformação.
Exemplos de outras fake news envolvendo o INSS incluem falsos avisos de bloqueio de benefícios por falta de prova de vida, boatos sobre o fim do 13º salário para aposentados e informações falsas sobre pagamento de bônus retroativo de valores do INSS.
Esse tipo de fake news distorce processos legítimos, como a revisão de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), um programa assistencial que não se confunde com aposentadorias e é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), embora operacionalizado pelo INSS. A revisão é uma prática rotineira prevista em lei para garantir que apenas aqueles que realmente atendam aos critérios legais recebam o auxílio.
Como Combater a Desinformação sobre o INSS?
O governo federal tem atuado por meio de campanhas de esclarecimento, notas oficiais e inserções em mídias tradicionais para conter o avanço das fake news. A própria página do INSS nas redes sociais vem sendo usada como ferramenta de comunicação direta com o cidadão.
Os veículos de imprensa têm responsabilidade no processo de esclarecimento. Verificar os fatos antes de noticiar, ouvir fontes oficiais e divulgar informações verificadas são práticas que ajudam a conter a desinformação. Além disso, a população pode se proteger verificando a fonte das informações, desconfiando de linguagem alarmista e não compartilhando antes de confirmar a veracidade das notícias.
A transparência nas informações sobre benefícios sociais é fundamental para garantir o acesso correto e evitar confusões. Muitas vezes, a linguagem burocrática das portarias e resoluções impede que os beneficiários entendam seus direitos e deveres. Por isso, ações de comunicação simplificada, com linguagem acessível, devem ser prioridade dos órgãos públicos.
A desinformação representa um desafio crescente para o Brasil, especialmente em temas sensíveis como os benefícios sociais. É essencial que haja um esforço conjunto entre governo, imprensa, sociedade civil e cidadãos para barrar a propagação de notícias falsas. Além disso, investir em educação digital e letramento midiático é uma estratégia de longo prazo que pode fortalecer a resistência da população a boatos.