INÉDITO: Vacina contra o câncer teve bom resultado em fase de estudos
Recentemente, uma vacina experimental contra o câncer trouxe esperança ao apresentar resultados positivos em um estudo de fase 1 envolvendo pacientes com a doença em estágio avançado.
Recentemente, uma vacina experimental contra o câncer trouxe esperança ao apresentar resultados positivos em um estudo de fase 1 envolvendo pacientes com a doença em estágio avançado. Conduzido pelo King’s College London, este avanço será devidamente apresentado no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO 2024), que ocorre neste sábado (14/9) na Espanha.
Essa nova abordagem de tratamento de imunoterapia usa uma vacina de mRNA, similar à tecnologia das vacinas contra a Covid-19, voltada especialmente para pacientes com câncer de pulmão, melanoma e tumores sólidos. “Este é um marco inicial significativo no desenvolvimento de novos tratamentos para pacientes com câncer avançado”, declarou Debashis Sarker, líder do estudo.
Vacina de mRNA Contra o Câncer: Uma Nova Esperança
A tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), utilizada nesta vacina, tem um diferencial importante: ao invés de prevenir doenças, ela arma o sistema imunológico para identificar e atacar células cancerígenas. Este método visa, ainda, impedir que células malignas suprimam a resposta imune, reduzindo assim o risco de a doença retornar.
No estudo conduzido pelo King’s College London, 19 pacientes com câncer avançado receberam doses que variaram de uma a nove, com avaliações da segurança e tolerabilidade da vacina sendo o foco principal desta fase.
Como Age a Vacina Contra o Câncer?
Logo após a administração da vacina, as respostas radiográficas e imunológicas dos pacientes foram minuciosamente avaliadas. Entre os 16 pacientes que tiveram suas respostas imunológicas analisadas, oito finalizaram o estudo com controle no crescimento tumoral, sem que surgissem novos tumores.
Os resultados demonstram que esta abordagem pode ativar o sistema imunológico na maioria dos pacientes, levando à produção de células imunes no sangue capazes de reconhecer proteínas cruciais como PD-L1 e IDO1. Além disso, os efeitos colaterais foram considerados leves, destacando dores no local da aplicação, febre e fadiga.
Quais São os Próximos Passos na Pesquisa?
Apesar dos resultados animadores, os pesquisadores fazem uma ressalva importante: a amostra de pacientes é ainda pequena. Investigações adicionais com grupos maiores serão fundamentais para validar a eficácia deste tratamento inovador. O estudo, portanto, é apenas o início de um longo caminho de pesquisas e testes rigorosos.
- O uso de tecnologia de mRNA pôde ser visto pela primeira vez em larga escala com as vacinas contra Covid-19.
- A fase 1 é crucial para determinar a segurança e tolerabilidade de novos tratamentos.
- Estudos iniciais podem fornecer insights valiosos para o desenvolvimento de terapias eficazes contra o câncer.
Identificando Sinais de Câncer em Estágios Iniciais
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) categoriza o câncer como um dos maiores desafios de saúde pública global, sendo uma das principais causas de morte antes dos 70 anos. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de recuperação.
- Perda de peso inexplicada: Pode ser um sinal de câncer em órgãos como estômago, pulmão e pâncreas.
- Mudanças na pele: Alterações na textura, inchaços e caroços são sinais de alerta.
- Tosse persistente: Deve ser investigada, sobretudo se durar mais de quatro semanas, podendo indicar câncer de pulmão.
- Transformações em pintas: Alterações no tamanho, cor e formato das pintas merecem atenção médica.
- Sangue em excreções: Pode indicar câncer nos rins, bexiga ou intestino.
- Dores persistentes: Dores sem explicação aparente e duradouras podem ser um sintoma.
- Azia forte e recorrente: Sinais frequentes de azia podem estar relacionados a câncer de garganta ou estômago.
Perspectivas Futuras na Luta Contra o Câncer
Os resultados iniciais obtidos pelo King’s College London com a vacina de mRNA são promissores, apontando para novos caminhos na imunoterapia contra o câncer. Contudo, a confirmação da eficácia depende de estudos mais abrangentes.
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