Inacreditável: Real em Crise: Desvalorização Assusta Mercado. Veja Agora!

Veja resultados da pesquisa que avaliou 23 moedas do mundo inteiro.

Por Samara Kalene Ultima atualização 22 jun, 2024

Em um levantamento recente realizado para a CNN por Einar Rivero da Elos Ayta Consultoria, o real foi destacado pelo seu desempenho notavelmente negativo no mercado internacional. Segundo a pesquisa, que avaliou 23 moedas globais, o real apresentou a maior desvalorização semanal, até a data da revisão. No entanto, houve um leve respiro para a moeda brasileira com uma pequena queda na cotação do dólar até o fechamento da última sexta-feira.

Apesar dessa breve melhoria, o dólar ainda acumula uma valorização de 1,12% na semana, sendo negociado a R$ 5,441. Analisando o ano de 2024, observa-se um aumento ainda maior, alcançando 12,40% quando comparado ao valor do real. Este panorama chama a atenção, principalmente ao lembrarmos que o Brasil vivia um período de otimismo no final do ano anterior, impulsionado pela perspectiva favorável do mercado internacional.

Por que o Real está perdendo valor?

A desvalorização da moeda brasileira ocorre num contexto onde inicialmente havia um afluxo de capital estrangeiro devido à expectativa de redução dos juros nos EUA, como aponta Alexandre Cabral, professor de Finanças. No entanto, com o adiamento desses cortes pelo Federal Reserve, a realidade se tornou menos favorável, desfavorecendo emergentes como o Brasil.

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Quais são os impulsores internos desta desvalorização?

Além dos elementos externos, Berenice Damke, especialista em hedge e riscos financeiros, aponta para fatores internos que amplificaram a queda do real. A percepção de risco fiscal, que até então estava controlada, começou a pesar negativamente devido às incertezas nas contas públicas e à ausência de melhorias esperadas após ações fiscais do governo.

Expectativas para o mercado financeiro brasileiro

Olhando para o futuro próximo, o governo brasileiro tem agido no sentido de aumentar a arrecadação e controlar gastos, como observa Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo. Essas medidas são essenciais para uma revisão do panorama fiscal do Brasil, potencialmente aliviando a pressão sobre a moeda nacional. Contudo, conforme recentes prognósticos do Prisma Fiscal, a dívida pública só deverá estabilizar-se entre 2032 e 2033.

Tensões geopolíticas aumentam a incerteza econômica.
Críticas a políticas fiscais internas geram desconfiança.
Alterações na política do Fed impactam moedas emergentes.

Em suma, apesar do desafiador panorama econômico, a expectativa de cortes de juros nos EUA ainda neste ano traz uma luz de esperança para uma recuperação mais substancial do real. No entanto, tudo dependerá da capacidade do governo brasileiro em administrar o cenário fiscal e institucional do país eficazmente. Assim, a valorização do dólar continua sendo uma preocupante realidade, mas com possibilidades de melhoria a depender das ações governamentais e do ambiente econômico internacional.