Fazenda do Cantor Leonardo Entra na ‘Lista Suja’ do Governo Federal por Trabalho Análogo à Escravidão
A Fazenda Talismã, de propriedade do cantor Leonardo, foi incluída na “lista suja” do Governo Federal após a descoberta de seis trabalhadores em situação análoga à escravidão.
A Fazenda Talismã, avaliada em R$ 60 milhões e de propriedade do cantor Leonardo, foi incluída na “lista suja” do Governo Federal após a descoberta de seis trabalhadores em situação análoga à escravidão durante uma fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Localizada em Jussara, no noroeste de Goiás, a fazenda é conhecida pela sua pecuária bovina e por abrigar mais de 5 mil cabeças de gado.
Detalhes do Caso
Segundo a assessoria do cantor, a área onde foram encontradas as irregularidades estava arrendada para o plantio de soja e Leonardo não tinha conhecimento das práticas irregulares. Durante a fiscalização, foram encontrados 18 trabalhadores, dos quais seis estavam em condições degradantes, incluindo um adolescente de 17 anos.
Entre as irregularidades constatadas estavam a falta de registro de empregados, condições precárias de alojamento e a ausência de equipamentos de proteção individual (EPIs). Os trabalhadores viviam em uma casa abandonada, com más condições de higiene, infestação de morcegos e sem instalações sanitárias adequadas.
Reações e Medidas
Em sua defesa, Leonardo afirmou que não era responsável pela gestão dos trabalhadores, uma vez que a área estava arrendada desde agosto de 2022. Pedro Vaz, advogado do cantor, declarou que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com o Ministério Público do Trabalho, resolvendo todas as pendências.
O cantor também utilizou suas redes sociais para lamentar o ocorrido, afirmando que jamais compactuaria com trabalho escravo e que o caso está sendo esclarecido para remover seu nome da lista.
Indenizações e Acordos
As indenizações pagas aos trabalhadores resgatados somaram R$ 39.157,50, e o valor de dano moral foi fixado em R$ 225 mil. A defesa de Leonardo esclareceu que, mesmo sem responsabilidade direta, os valores foram pagos para resolver o caso.