Dívida Pública Americana: Uma Bomba-Relógio de US$ 57 Trilhões? Entenda a Surpreendente Projeção

A surpreendente projeção do Gabinete de Orçamento do Congresso dos EUA indica um aumento de 64% na dívida pública em uma década.

Economia

Por Fábio Pereira Ultima atualização 22 jun, 2024

Recentemente, uma atualização significativa da projeção da dívida pública americana pelo Gabinente de Orçamento do Congresso (CBO) chamou a atenção em todo o cenário internacional. O relatório indicou um aumneto surpreendente de 64% na expectativa da dívida para a próxima década.

Esta notícia veio acompanhada de outra marca histórica: a dívida pública dos EUA deverá saltar dos atuais US$ 34 trilhões para impressionantes US$ 56,9 trilhões até 2034. Diante desses números, a preocupação e o espanto inicial dão lugar ao debate sobre os possíveis impactos e estratégias para os próximos passos da maior economia mundial.

Dívida pública dos Estados Unidos cresce. Foto: Pixabay

Por que a dívida pública dos EUA continua crescendo?

O crescimento constante da dívida americana não é somente uma resposta à situação econômica atual, mas também resultado de políticas fiscais expansionistas adotadas em resposta a crises anteriores, como a pandêmica que assolou o mundo nos últimos anos. Essas políticas, por mais necessárias que fossem, tiveram o seu preço no aumento substancial do déficit público.

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Quais são as possíveis consequências deste aumento?

A perspectiva de que esse crescimento vertiginoso possa colocar em risco a supremacia do dólar como moeda de reserva internacional é, por enquanto, improvável. Este cenário é minimizado por economistas devido à posição ainda robusta dos Estados Unidos no cenário global, apesar da elevada dívida.

O papel dos líderes políticos e instituições financeiras

Curiosamente, a questão do endividamento quase não foi abordada nas recentes campanhas presidenciais de Joe Biden e Donald Trump. No entanto, figuras de grande importância econômica como Jerome Powell, Presidente do Federal Reserve, e Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan, têm levantado alertas sobre a necessidade de medidas de controle e planos a longo prazo para contenção desse crescimento desenfreado.

Outra preocupação relacionada ao alto índice de endividamento público é a sua influência sobre a inflação. Historicamente, um aumento significativo da dívida frequentemente resulta em aumento da inflação, algo que complica ainda mais o panorama econômico atual, já caracterizado por juros elevados.

Economia pós-pandemia: As medidas de estímulo adotadas durante a pandemia expandiram a dívida.

Juros elevados: Os juros mais altos exigem mais recursos para o pagamento dos interesses da dívida, acelerando seu crescimento.

Inflação: O crescimento da dívida também pode ter impactos inflacionários, aumentando ainda mais a complexidade do controle fiscal.

Em síntese, enquanto a economia americana mantiver sua capacidade de gerar riqueza e inovação, principalmente através do avanço de tecnologias como a Inteligência Artificial, é provável que a dívida seja tratada como uma questão secundária. No entanto, é imperativo manter o debate sobre estratégias sustentáveis para evitar possíveis crises futuras geradas pelo alto endividamento.