Aborto em SP: Julgamentos Punitivos ou Proteção às Mulheres?
O controverso tema do aborto em São Paulo revela uma justiça punitiva ou protetora? Descubra os desafios legais e a realidade das mulheres paulistas
Na frenética cena do direito e da saúde pública em São Paulo, um tópico que vem demandado crescente atenção é o trato judicial dos casos de aborto ilegal. Relatos mostram que a maior parte dessas situações chega aos tribunais via denúncias de profissionais da área médica, um fato que lança luz sobre a complexa intersecção entre ética médica e legislação punitiva.
Nos últimos anos, houve uma predominância de denúncias oriundas da atuação de profissionais de hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), evidenciando, muitas vezes, uma quebra no sigilo profissional. Essa situação desencadeia uma série de procedimentos legais que, não raro, culminam em julgamentos em um sistema jurídico que ainda é visto como altamente punitivo.
Como são tratados os casos de aborto no sistema judicial de São Paulo?

Segundo a Defensoria Pública do Estado, entre 2017 e 2023, foram solicitados 37 habeas corpus com a intenção de encerrar ações penais por suposto crime de aborto. Isso sinaliza até que ponto esses casos são recorrentes e as tentativas de mitigar suas consequências legais.
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O impacto do julgamento popular em casos de aborto ilegal
Uma particularidade do sistema judicial paulista é a prevalência de julgamentos populares, onde cidadãos comuns decidem sobre a culpabilidade dos réus. Nas últimas décadas, esses julgamentos têm mostrado uma forte inclinação para condenações, com uma taxa de condenação chegando a quase 90% dos casos, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo.
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Barreiras no acesso à saúde e informações
As mulheres mais afetadas são frequentemente aquelas de camadas mais vulneráveis, que, por falta de acesso à saúde de qualidade e informações adequadas, acabam por recorrer a métodos ilegais e inseguros para interromper gestações. Esse cenário não apenas eleva os riscos à saúde dessas mulheres como também as expõe ao sistema punitivo.
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Opiniões especializadas sobre o julgamento de abortos
- Fernanda Costa Hueso, defensora pública, argumenta que a legislação vigente está desalinhada com a realidade social e que a punição penal não deveria ser aplicada em casos de aborto.
- Débora Diniz, professora da Universidade de Brasília, crítica a utilização do júri popular para julgar esses casos, afirmando que isso resulta em penalidades muitas vezes excessivas e desconexas da realidade dessas mulheres.
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O debate sobre aborto, portanto, não está restrito às salas de tribunal, mas estende-se a um discurso maior sobre direitos humanos e justiça social. São questões que tocam profundamente na vida das mulheres e refletem as lacunas ainda existentes em nosso sistema de proteção e saúde pública. Este panorama desafia o estado a encontrar soluções que realmente protejam e respeitem os direitos fundamentais das mulheres.
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