Lula diz que presidente do Banco Central contribuiu para atraso econômico do país e que bancos podem forçar queda nos juros
Entenda nova polêmica entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Lula criticou Neto e disse que ele é atraso para a economia.
O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou em uma entrevista nesta segunda-feira, 11, ao SBT, que há a possibilidade de que os bancos públicos baixem as taxas de juros de seus financiamentos com a pretensão de forçar que outros bancos e instituições façam o mesmo.
O presidente fez a afirmação após voltar a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por conta das taxas de juros. Hoje, a Selic se encontra em 11,25% a.a. Acompanhe com detalhes a seguir.
Lula afirma que Campos Neto está atrasando economia por pura “teimosia”
O presidente Lula afirmou que não há nada além da “teimosia” de Campos Neto para manter os juros elevados ao atual patamar. O presidente chamou mais uma vez o chefe da autoridade monetária de “esse cidadão”, e ainda disse que ele é o responsável pelo atraso no crescimento econômico do país.
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Além disso, o presidente da República afirmou também ser muito cedo para discutir uma eventual reeleição. Seu mandato dura até 2026, quando começará a próxima eleição presidencial.
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Preço da energia
Lula afirmou ainda em entrevista que seu governo precisa reduzir as tarifas de energia para os consumidores comuns, bem como o preço dos alimentos. O presidente disse ainda ser a favor de uma regulamentação das redes sociais, mas que isso deve ser discutido com a sociedade. A entrevista, transmitida na noite desta segunda, foi gravada pela manhã.
Baixas taxas de investimento indicam sinal de alerta para economia do país
Sabemos que o Brasil é um país contraditório em muitos âmbitos. Dessa forma, enquanto o PIB cresceu 2,9% em 2023, graças a força gerada pelo agronegócio, a taxa de investimento, destinada à ampliação da capacidade produtiva, reduziu para o número mais baixo desde 2019.
O atual índice, de 16,5% do PIB, segue atrás da maioria das economias emergentes, bem como, distante do nível recorde observado nas décadas de 70 e 80 do século passado, quando era de 22%. Ou seja, regredimos no tempo.
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As baixas taxas de investimento condenam o país a baixos crescimentos no cenário econômico, como podemos observar em suas médias, o que impede melhores níveis de produtividade, fator indispensável para qualquer nação avançar.
“Precisamos de investimentos para fazer a economia rodar”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao comentar os resultados do PIB. “No ano passado, a produção agrícola, o consumo das famílias, o consumo do governo e as exportações puxaram a economia. Investimento foi a variável que menos acompanhou essa evolução.”
O que atrapalha o avanço da economia
Em nosso país, o nível da poupança está baixo, enquanto a taxa básica de juros está elevada, desestimulando investimentos de boa qualidade, provindos sobretudo da iniciativa privada.
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Ademais, o estado tem o papel principal de injetar recursos na economia, e isso está longe de ser o ideal. “Enquanto não melhorarmos todas essas frentes, seguiremos com uma taxa de investimento muito pequena”, diz Felipe Salto, economista-chefe da corretora Warren Investimentos e ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo.
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