INSS vai mesmo suspender aposentadorias de idosos? O que está acontecendo
Nas últimas semanas, um alarde tomou conta das redes sociais. Vídeos sensacionalistas se espalharam, provocando medo entre milhares de brasileiros, principalmente idosos. Um deles dizia que haveria corte automático de aposentadorias de idosos pelo INSS, atingindo 800 mil beneficiários, sem chance de defesa.
Mas será que essa informação procede? O conteúdo alarmista usou o medo como combustível, mas a verdade é bem diferente do que foi divulgado. É justamente sobre isso que vamos falar agora.
A origem da confusão
O vídeo que provocou a confusão afirmava que o governo cortaria aposentadorias de pessoas com mais de 60 anos, sem aviso prévio. O problema é que ele misturava informações de forma irresponsável.
O que está em andamento é a revisão de benefícios assistenciais, especialmente os pagos via BPC (Benefício de Prestação Continuada) — um programa diferente da aposentadoria tradicional.
Esse tipo de confusão alimenta um medo injustificado e compromete a confiança da população nas instituições públicas.
Entenda o que é o BPC
Diferente da aposentadoria, o BPC é um benefício assistencial destinado a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Ele não exige contribuição ao INSS, pois é regido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). A gestão do programa é feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), com apoio do INSS apenas na parte operacional.
A revisão de benefícios: o que de fato está acontecendo
O governo anunciou a realização de 800 mil perícias e atualizações cadastrais no BPC. A medida tem como objetivo corrigir inconsistências, evitar fraudes e garantir que o benefício continue chegando a quem realmente precisa.
Ou seja, não se trata de corte de aposentadorias de idosos pelo INSS, mas sim de um processo previsto em lei para manter o programa justo e funcional. Ninguém terá seu benefício suspenso sem aviso prévio ou chance de comprovar seus dados.
A ameaça da desinformação
Quando uma fake news como essa circula, o impacto é imediato. Postos do INSS ficam sobrecarregados, aumenta o nível de desconfiança e os mais vulneráveis acabam expostos a estresse desnecessário.
Por isso, é fundamental verificar a origem das informações. Sites oficiais, como gov.br ou o aplicativo Meu INSS, são as fontes mais confiáveis.
Como se proteger das fake news
- Desconfie de mensagens alarmistas, principalmente com palavras como “URGENTE” ou “Corte imediato”.
- Evite compartilhar conteúdos sem checar a fonte.
- Consulte canais oficiais sempre que tiver dúvidas.
- Procure portais de checagem, como Agência Lupa e Boatos.org.
A melhor forma de combater a desinformação é com informação de qualidade, acessível e clara. E você pode ser parte disso.